A globalização dos mercados tem aumentado consideravelmente a competitividade mundial, o que impõe às organizações a contínua busca por novas ferramentas de gestão que possam auxiliar na melhoria de seus processos.

Com a implantação de sistemas de gestão específicos (qualidade, meio ambiente, segurança e saúde do trabalho, responsabilidade social, etc.), as organizações objetivam o aumento da qualidade de produtos e serviços, o desenvolvimento sustentável, melhor relacionamento com a sociedade e, consequentemente, o aumento da lucratividade, podendo, assim, transformar as pressões de mercado em vantagens competitivas.

Segurança e Saúde no Trabalho (SST)

Nesse contexto, o bom desempenho em Segurança e Saúde no Trabalho (SST) é decisivo para as empresas, uma vez que este sistema reduz os riscos de acidentes, promove a saúde e a satisfação dos trabalhadores, melhora os resultados operacionais e a imagem da organização, criando novas oportunidades de crescimento.

Sistema de Gestão de Saúde e Segurança no Trabalho (SGSST)

A eficiência de um Sistema de Gestão de Saúde e Segurança no Trabalho (SGSST) poderia ser consideravelmente maior se fossem previamente observados alguns fatores negativos e de ocorrência comum nas empresas, como: perfil inadequado e falta de experiência dos empresários nestes assuntos. Aliados a isso, podemos relacionar ainda, indicadores de desempenho focados apenas em aspectos financeiros; alegação de falta de tempo para realizar algumas tarefas de implantação de SGSST; falta de sentimento dos funcionários como efetivos colaboradores para o crescimento da empresa; documentos mais burocráticos do que o necessário; alta rotatividade da força de trabalho, e pouca utilização de registros.

Assim, nós da Hubb pensamos em algumas dicas de boas práticas para a gestão de sistemas de segurança e saúde no trabalho:

Comprometimento da alta direção

Quando os funcionários começam a acreditar no real comprometimento da Direção para com a Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho, eles sentem-se mais dispostos a participar das iniciativas propostas pela organização e contribuem com a proposição de sugestões para a melhoria do ambiente de trabalho, execução das medidas estabelecidas e auxílio na conscientização dos demais colaboradores;

Minimização da resistência às mudanças

Fenômenos como conflitos, incertezas, medo do desconhecido, falta de informação e sensações de perda de poder podem gerar resistência às mudanças propostas e interferir negativamente na implantação de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho. A resistência pode ser minimizada por meio de ações diversas: incentivos à maior participação dos colaboradores no sistema, valorização de opiniões, capacitação e adequada disponibilização de informações e recursos;

Capacitação técnica e gerencial dos profissionais responsáveis pela SST

Os técnicos de segurança do trabalho devem possuir habilidades tanto técnicas como gerenciais e ter consciência de que para trabalhar em equipe e gerenciar pessoas é necessário mostrar os benefícios individuais e coletivos da prevenção de acidentes;

Investir em comunicação interna

A empresa deve utilizar os meios e técnicas de comunicação compatíveis com o nível de cultura de seus funcionários a fim de informar os objetivos da empresa e as oportunidades que os novos procedimentos SST ou um novo sistema de gestão estruturado para segurança trarão para a melhoria dos processos da empresa.

Desenvolver um mapa setorial de riscos

Este mapa de riscos tende a ser melhor aceito pelos colaboradores por resultar em maior conhecimento e proximidade entre o trabalhador e o local com possível risco de gerar acidentes. Dessa forma, o mapa se torna mais específico e de fácil leitura, ainda mais quando é confeccionado com a participação da mão-de-obra envolvida e por profissionais especializados;

Parceria com a área de recursos humanos

O envolvimento da área de recursos humanos em todos os processos de mudança, sobretudo naqueles relacionados à SST, é importante para que sejam identificadas as necessidades de treinamento relacionadas ao desenvolvimento dos funcionários, bem como a utilização de técnicas apropriadas para mitigação dos focos de resistência, possibilitando melhor entendimento e real comprometimento dos colaboradores com as mudanças propostas;

Definir indicadores de desempenho em SST retroalimentando o sistema

A empresa deve definir, implementar e monitorar indicadores de desempenho específicos para as atividades relacionadas à SST. Eles têm como objetivo permitir que a alta direção, os gerentes e os demais colaboradores visualizem o status do desempenho do SGSST, permitindo, a partir disso, a realização de uma auto avaliação da performance e o estabelecimento de planos de ação para eventuais correções dos objetivos e metas estabelecidos.

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Segurança no Trabalho



Fonte: Oliveira, O. J. et al. Gestão da segurança e saúde … identificar boas práticas. Prod. v. 20, n. 3, p. 481-490, 2010

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