Um número cada vez maior de empresas reconhece a importância de desenvolver estratégias de remuneração diferenciadas, pois com ligeiras alterações, os pacotes de benefícios estão muito similares entre as empresas.
O salário pode ser um fator importante para o recrutamento e seleção de pessoas, porém os benefícios, quase sempre denominados de remuneração indireta, como o seguro de vida, transporte, refeições subsidiadas, entre outros, passam a ser o diferencial na hora de contratar e reter talentos. No entanto, um número cada vez maior de empresas reconhece a importância de desenvolver estratégias de remuneração diferenciadas, pois com ligeiras alterações, os pacotes de benefícios estão muito similares entre as empresas.
Surge então a flexibilização e personalização do benefício, com oferecimento de vantagens específicas a cada colaborador.
Os benefícios estão intimamente relacionados com aspectos da responsabilidade social da organização. As origens e o desenvolvimento dos planos de benefícios se devem às principais causas de:
• competição entre as organizações na disputa por (de) talentos humanos, seja para atraí-los ou para mantê-los;
• exigências dos sindicatos e dos contratos coletivos de trabalho;
• exigências da legislação trabalhista e previdenciária;
• necessidade de contribuir para o bem-estar dos funcionários e da comunidade.
• Cada organização oferece um plano de benefícios que é desenhado de acordo com critérios próprios e específicos, que podem ser classificados de acordo com os grupos hierárquicos da estrutura organizacional, ou seja, é comum verificar que para cada nível da pirâmide organizacional (estratégico, tático e operacional) encontrará haverá um tipo de plano de benefícios diferenciado.
Os planos de benefícios flexíveis
Os planos de benefícios flexíveis foram inicialmente chamados de planos de cafeteria, porque, como em uma cafeteria, os funcionários podiam escolher entre várias opções de benefícios. Geralmente são estruturados em Blocos de benefícios ou Sistema de Pontos e a ideia é permitir ao funcionário montar o seu próprio pacote de benefícios, com duas restrições:
- O empregador deve limitar o custo total de cada pacote de benefícios.
- Cada plano de benefícios deve incluir certos itens não opcionais, de acordo com a legislação.
Mas sabemos que há pontos Positivos e Negativos a respeito desse tema que devem ser analisados antes da implantação do mesmo:
Pontos Positivos
• Os funcionários escolhem o pacote que melhor satisfaça às suas necessidades pessoais;
• Os benefícios flexíveis ajudam a empresa a adaptar-se às necessidades mutáveis de uma força de trabalho mutável;
• Aumenta o envolvimento dos funcionários e suas famílias e melhoram a compreensão dos benefícios;
• Limita-se os custos e a organização tem a melhor forma de aplicação do seu dinheiro. Os funcionários escolhem dentro dessa limitação.
Pontos Negativos
• os funcionários podem fazer escolhas inadequadas e não irão se sentir seguros quanto a emergências previsíveis;
• os custos e a carga administrativa aumentam para a empresa;
• a seleção é adversa – os funcionários escolhem apenas os benefícios que usam. A consequente utilização elevada de um benefício pode aumentar o seu custo.
É importante atentar para dois aspectos que devem também ser levados em conta na hora da implantação:
a) Como a escolha passa a ser livre, isso acaba diluindo a preferência por determinados benefícios e pode suscitar uma perda de escala na negociação com os fornecedores de determinado benefício;
b) Requer acompanhamento, pois escolhas erradas dos funcionários podem comprometer o caráter estratégico de alguns benefícios.
Implementação com sucesso
Para garantir o sucesso da implantação, a empresa deverá conhecer o custo dos benefícios hoje fornecidos, e então criar um “pacote” de benefícios flexíveis, evitando alteração prejudicial. A experiência de algumas empresas demonstra uma administração por meio de pontos concedidos a cada empregado de acordo, por exemplo, com sua faixa salarial. O empregado pode, respeitando a limitação de pontos, optar pelos benefícios constantes da sua faixa.
Sempre que a empresa implanta uma política de benefícios deve se preocupar com a natureza jurídica desse fornecimento.
A legislação trabalhista considera salário utilidade ou in natura, as vantagens fornecidas ao empregado e que configurem uma economia de seus gastos quando tais vantagens não são fornecidas como ferramentas ou instrumentos de seu trabalho. A assessoria jurídica deverá emitir parecer sobre o programa de benefícios flexíveis para sustentar a implantação do programa e é importante também que a alteração da forma de concessão dos benefícios seja efetuada por meio de instrumento de negociação coletiva.
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Fonte: BENEFÍCIOS FLEXÍVEIS, Soraia Kerber, Alexandre Marcelo Schneider, REVISTA DESTAQUES ACADÊMICOS, VOL. 4, N. 1, 2012 – CGO/UNIVATES
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